Um
homem morreu, na manhã deste sábado (12), após uma troca de tiros com a tropa
da Força de Pacificação que fazia o patrulhamento na Vila Cruzeiro, no Conjunto
de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio. Esse é o primeiro registro de morte
na comunidade após uma semana da ocupação das Forças Armadas, que aconteceu no
dia cinco de abril.
Tropas
do Exército e da Marinha substituíram parte do efetivo da Polícia Militar na
região. A operação batizada de "São Francisco" — coordenada pelo
Comando Militar do Leste (CML) — teve 2.050 homens da Brigada de Infantaria
Paraquedista do Exército, 450 da Marinha, 200 da Polícia Militar e uma equipe
avançada da 21ª DP (Bonsucesso).
De
acordo com a assessoria da Força de Pacificação, um veículo do Exército se
deslocava peloa Avenida do Canal quando se deparou com dois suspeitos. Os homens
realizaram disparos contra os oficiais e houve troca de tiros.
Um
dos suspeitos, conhecido como "Parazinho", segundo informou a Força
de Pacificação, foi baleado e morreu no local. Os agentes chegaram a chamar
equipes de primeiros socorros, mas ele não resistiu.
Ainda
de acordo com a assessoria da Força de Pacificação, junto com a vítima foram
encontrados um rádio transmissor e cartuchos de calibre nove milímetros. O
outro suspeito conseguiu fugir com os armamentos.
Uma
perícia foi realizada no local por volta de 10h30. Enquanto os agentes
esperavam os peritos, houve princípio de confusão com alguns moradores da
comunidade. Eles se dirigiram para a Linha Amarela e iniciaram um protesto,
bloqueando parte da via. A Polícia Militar controlou o ato e liberou a pista
para o tráfego de veículos, segundo informações da assessoria da Força de
Pacificação da Maré.
Ocupação
da Maré
De
acordo com o Ministério da Defesa, a Força de Pacificação atuará até o dia 31
de julho em uma área de aproximadamente dez quilômetros quadrados. A ação será
comandada pelo general de brigada Roberto Escoto, comandante da Infantaria
Paraquedista, uma unidade de emprego estratégico do Exército.
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