CODÓ Depois de promover um melodrama usando o PMDB em Codó para se impor com a Governadora Roseana Sarney, Ricardo Archer conseguiu um lugar ao sol junto ao governo do Estado na Secretaria de Articulação Política, no ano passado. Ricardo ganhou o cargo após várias ameaças e insinuações de que se filiaria a um partido de oposição. Mas o que parecia ter virado mel, na verdade em poucos dias se transformou em fel para o ex-prefeito codoense que viu seu cargo virar fumaça depois que o Ministério Público resolveu agir.
Archer teve as prestações das contas, relativas aos exercícios financeiros de 1997 e 1998, reprovadas, em sessão da Câmara de Vereadores, no dia 30 de maio de 2011. No entanto, uma nova sessão, realizada em 20 de dezembro de 2012, aprovou as mesmas contas do ex-prefeito, contrariando a Constituição Federal. O Ministério Público do Maranhão tomou conhecimento da irregularidade e, em razão deste procedimento ilegal, propôs, no dia 26 de agosto, Ação Civil Pública contra Ricardo Archer; contra o município de Codó; a Câmara Municipal de Vereadores de Codó; o presidente da Câmara de Vereadores Francisco de Assis Paiva Brito; três vereadores e mais cinco ex-vereadores.
O MP/MA pediu a nulidade da sessão que reapreciou as contas do ex-prefeito e requereu ainda a condenação do, então, secretário de Roseana e de todos os outros réus, com base na Lei Federal 8429/92, Lei de Improbidade Administrativa. Isso o levaria à destituição do cargo, mas para não passar tanta vergonha, Ricardo resolveu se antecipar e pediu pra sair. Tentou colocar o filho que é vice-prefeito no cargo, inclusive mandou Guilherme Archer pedir afastamento da vice-prefeitura, mas mediante a um burburinho de que deveria abdicar e não se afastar, O ex-prefeito resolveu dá a função a Ricardinho, suplente de deputado federal. Este assumiu e só saiu agora noinício do mês de baril por causa da Lei Eleitoral, já que pretende se lançar candidato a federal novamente, uma vez que o pai não pode porque é ficha suja.
A frente da Articulação Política do Estado, Ricardinho demonstrou pouquíssima ou quase nenhuma competência, acumulou uma série de reclamações dos governistas, sobretudo, dos deputado estaduais que dão sustentação ao governo na Assembléia Legislativa. Em dezembro do ano passado, o deputado Helio Soares demostrou em tom irônico desconhecer a ocupação da pasta pela qual Ricardinho estava lotado como secretário. “Nós temos um secretário de Articulação Política?”, ironizou o deputado.
O certo é que Ricardinho não tem expressão política, não tem poder de comando. Estava num lugar estratégico como secretário estadual, mesmo assim, se não fossem as críticas da base que sentiu-se prejudicada pela falta de iniciativa do, então, secretário, sua passagem pela Articulação Política do Maranhão teria sido um ostracismo total.
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