O
número de casos de leishmaniose registrado este ano no Maranhão chama a atenção
das autoridades. Desde o início do ano, já foram notificados 24 casos da
leishmaniose visceral em todo o estado. Três pessoas já morreram, nos
municípios de Itinga, Coelho Neto e Passagem Franca, de acordo com o setor de
Vigilância Epidemiológica do Estado.
Estatísticas
apontam que em 2013 foram 558 casos da doença no Maranhão, com 49 mortes.
Somente na região metropolitana, foram 60 casos, dos quais cinco perderam a
vida nos quatro municípios da ilha. O número é considerado alto.
Especialistas
falam da falta de controle dos cães infectados com o calazar, que transitam
livremente pelas ruas. "Essas doenças são complexas, de difícil controle.
O que a gente realmente vê como eficácia seria vacina. Hoje temos para cães,
mas não são 100% eficazes. Outra alternativa seria o combate ao mosquito
transmissor da doença, que é flebótomo", disse a professora Ana Lúcia
Abreu Silva.
A
doença pode levar de dois a 24 meses para se manifestar no organismo. Não é
transmitida de pessoa para pessoa. "O calazar entrou em São Luís por causa
dessa mobilização de pessoas, o que provocou uma devastação muito grande. O
desmatamento contribui. Onde tem uma invasão, lá vai se instalar o mosquito",
explicou o infectologista Antônio Rafael.
Na
ilha, foi encomendada uma pesquisa para saber o número de cães infectados.
Somente em Paço do Lumiar chega a 52% a quantidade de cães com a doença. Em
Raposa, 43%. Em São José de Ribamar, 38%. E em São Luís 28%.
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