Joyce Sales e a amiga Andressa aproveitam para ganhar uma renda a mais com colônia de férias e ajudar nas despesas |
Ruas lotadas, lojas movimentadas e contratação de trabalhadores temporários. O comércio em São Luís se torna uma fonte de complementação de renda para autônomos, vendedores ambulantes e até mesmo para quem está de férias. A renda dos temporários pode ajudar nas despesas de casa, aquisição de bens e presentes ou em viagens de férias.
A estudante de psicologia, Joyce Sales Sousa, de 25 anos, aproveita esta época para montar uma colônia de férias. “A ideia surgiu quando fui informada pela escola do meu filho de 2 anos que ele teria 45 dias de férias. Tentei por várias vezes montar uma programação junto ao pai, mas não conseguiríamos cumprir por conta dos nossos trabalhos, então tive a ideia da colônia de férias e compartilhei com a minha parceira Andressa Ylram”, disse.
Joyce Sales contou ainda que o investimento de R$ 5 mil, logo terá o retorno de 50%, após findar os dezoitos dias de programação da colônia de férias, no bairro do Filipinho, em São Luís. Com a renda extra nesta temporada a estudante já faz planos como melhor investir, e assim gerar capital, para futuros empreendimentos e também gastos extras com a família.
“Com o dinheiro que vou ganhar seguirei algumas prioridades começando pelas despesas extras do mês de férias que não estão sendo poucas (quem tem filho sabe), depois reservar alguma coisa para iniciar qualquer outro trabalho que dê renda. Comprar algumas coisas para revender, por exemplo,” declarou.
O período também ajuda a melhorar o faturamento de muitos profissionais autônomos, como taxistas e mototaxistas. Essas categorias de diaristas faturam o dobro do dinheiro que ganham por mês.
O taxista Pablo Fonseca Martins que trabalha no ponto, na Avenida Daniel de La Touche, Cohama, conta que a atividade esta em alta, e mesmo diante de tanta concorrência o faturamento da para suprir as necessidades. “Sou trabalhador autônomo e não tenho alguns direitos trabalhistas, mas aproveito as férias dos outros profissionais para poder garantir um dinheiro extra, mesmo diante de tanta concorrência”, afirma.
O comerciante Antônio Alves de Oliveira é outro que aproveita o comércio noturno das férias para ganhar um dinheiro extra vendendo bala, pipoca, amendoim e outras guloseimas. Seu trabalho fixo é em sua banca de lanches, situado na Praça Deodoro, mas nesse período ele percorre as praias da capital com seu carrinho de pipocas.
Ele conta que a venda “ajudam bastante” no orçamento familiar. Já que vende 50 a 60 pacotes de pipoca, além de outras variedades. “Se continuar nesse ritmo, acredito que devo lucrar uns R$ 300”, calcula o comerciante.
Trabalho nas férias
Nesta época do ano, o trabalho temporário é uma das portas de entrada no mercado. Quem procura emprego deve levar em conta que o mês de julho é um bom período para conseguir ao menos um trabalho temporário. As vagas para atender as atividades relacionadas às férias escolares se multiplicam: há oportunidades como monitores de hotéis, babás e atendentes. A maioria é para os setores de lazer, entretenimento e comércio, justamente os que têm mais serviço em época de férias.
Queda na contratação
O indicador de contratação de funcionários, medido pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) realizada pela Federação do Comércio e Confederação Nacional do Comércio, demonstram para São Luís queda de 3,4% em junho na comparação com o mês anterior.
Em maio, de acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o comércio apresentou comportamento negativo em relação ao estoque de empregos de -0,05%, o que representa saldo de 73 demissões, enquanto o estoque de empregos do setor de serviços cresceu apenas 0,18%, ou seja, houve a criação de 326 novos postos de trabalho.
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