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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Seleção de pecados: apesar de classificado, Brasil expõe time frágil e com deficiências


REUTERS/Sergio Perez A quase tragédia de ontem, no Mineirão, acendeu o sinal amarelo na Seleção Brasileira. O que se viu foi uma equipe com pouquíssimas opções táticas, nervosa diante das dificuldades e extremamente dependente da genialidade de Neymar. Com ele mal em campo, ninguém assumiu a responsabilidade. Oscar? Fred? Os laterais? A impressão é de que dali não vai sair mais nada até o fim da Copa. E nem do banco de reservas. Nenhuma das opções de Felipão — nem mesmo Willian, o mais talentoso entre os suplentes — conseguiu melhorar o rendimento do time. Faltam triangulações, jogadas ensaiadas… Falta treino.

A única boa notícia é a volta por cima de Julio Cesar. Um dos mais contestados do elenco, o goleiro ganha moral após ter salvado o Brasil de uma eliminação vexatória nas oitavas de final, em casa. Mas fica difícil se convencer de que isso vai ser suficiente para levar a Seleção ao sonhado hexa. A questão é: há tempo para sanar todas as deficiências da equipe? Respostas na próxima sexta-feira, às 17h, no Castelão, contra a Colômbia.



Cadê o comandante?
Responsável por dirigir o grupo, Luiz Felipe Scolari passa a impressão de que treinou pouco, ou mal, o time. Não há variações táticas, e os erros persistem. Nos jogos, as substituições são sempre previsíveis. Se é por falta de opção no banco, a culpa é de quem convocou. Neste Mundial, o técnico parece mais preocupado em atuar como motivador do que como comandante. 


REUTERS/Toru Hanai

Neymardependência
Numa tarde em que esteve bem marcado, debilitado fisicamente e sumido do jogo, Neymar mostrou mais ainda o quanto a Seleção é dependente dele como força criativa da equipe. Sem o craque inspirado, o Brasil assustou muito pouco a defesa chilena. Oxalá a má atuação do craque tenha sido uma exceção.


AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA

Ozzzcar
O camisa 11 da Seleção Brasileira fez mais uma partida muito ruim, distante da boa atuação da estreia contra a Croácia. Não pecou na marcação, mas sumiu ofensivamente mais uma vez. Sonolento, não criou nenhuma chance de gol nem abriu espaços para os companheiros resolverem.


AFP PHOTO / ODD ANDERSEN

Laterais sofríveis
Cafu e Roberto Carlos nunca provocaram tanta saudade. Daniel Alves e Marcelo não conseguiram dar segurança lá atrás (de novo), com marcação sempre falha, e foram muito tímidos no apoio. Assim, a Seleção fica sem alternativas de jogo, e dá-lhe lançamento longo de David Luiz e Thiago Silva direto para o ataque.


AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI

Nervosismo
Esta Seleção já demonstrou ser muito emotiva. Chora no Hino Nacional, chora nos pênaltis… Porém, cada vez mais, o sentimento parece que joga contra a equipe. A pressão está pesando e, nos momentos de dificuldade, a equipe fica nervosa e se retrai. Ontem, um duelo fácil virou uma tragédia após um erro que possibilitou o gol adversário.

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