As vendas do varejo em junho registraram perdas com os feriados durante a Copa do Mundo. Após reunião em São Paulo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Flávio Rocha, ressaltou a perda de horas trabalhadas, mas espera aceleração das vendas após o evento. O Índice Antecedente de Vendas (IAV), calculado pelo IDV, apontou crescimento de 3,9% nas vendas deste mês sobre igual período de 2013. O ritmo é menor do que o aumento de 5,1% registrado no acumulado de janeiro a maio. “Cada dia a menos de funcionamento afeta as vendas em 3%”, disse Rocha.
Apesar da festa em torno da “Copa das Copas”, o excesso de pontos facultativos e de feriados decretados em todo o país tem gerado graves prejuízos à economia brasileira. Em razão dos dias de jogos, sobretudo os da Seleção Brasileira, o varejo e a indústria estimam perder, juntos, mais de R$ 30 bilhões ao longo dos 31 dias do evento. “A cada feriado nacional, a lucratividade é corroída em 9,2% ou R$ 2,7 bilhões em comparação a um dia comum”, calcula o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O custo trabalhista para o empresário que abrir o comércio em dias de pouco movimento nas cidades sedes aparece na folha de pagamento. A soma dos gastos adicionais com remunerações será de R$ 135,8 bilhões se todas as empresas optarem pela abertura. “Do total, R$ 50 bilhões serão custos e encargos trabalhistas. Em casos de feriados, os gastos adicionais são de 137%, sendo 100% devidos ao valor da hora paga e 37% de encargos diretos”, explicou a assessora econômica da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP), Kelly Carvalho.
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