As quebradeiras de
coco babaçu do leste do Maranhão conseguiram melhorar a renda. Elas passaram a
beneficiar as amêndoas, após, juntas, criarem uma associação para ganhar mais
força na hora da negociação do produto.
As mulheres de São
José dos Basílios passam o ano vasculhando os palmeirais para catar os cocos
que caem quando amadurecem. O olhar treinado dasmulheres acham os côcôs
espalhados no babaçual.
Com jornadas de
trabalho de oito a dez horas por dia no babaçual, um trabalho que se torna
ainda arriscado no inverno nordestino. "É muito molhado, ficam muitos
mosquitos entre a gente e os cocos ficam mais difíceis da gente achar. A gente
junta mais no verão para quebrar no inverno",explica a quebradeira de
coco, Silvandra da Silva.
Trabalhando todos os
dias, uma quebradeira de babaçu consegue, em média, de oito a dez quilos de
amêndoas por dia. Toda a produção vai para a usina que pertence à
associaçãocriada pelas quebradeiras e lá as amêndoas são esmagadas e ocorre a
extração do óleo, que depois é vendido para as indústrias dos setores de
higiene e limpeza. A torta, umsubproduto do babaçu, é negociado como ração
animal.
As quebradeiras
utilizam, também, uma parte do óleo para a produção artesanal de sabão em
barra. "Nós tiramos o nosso dinheiro da produção desse sabão todo final de
ano. A gente fica muito alegre quando a gente recebe todo o nosso dinheiro em
um só dia", conta a quebradeira Roseana da Silva.
Cerca de 350 mulheres
trabalham na usina que conseguiu dobrar a renda nos babaçuais. Antes a renda de
uma extrativista era de 250 reais, em média, por mês. Hoje, a maioria consegue
até 570 reais por mês, com a quebra do coco. "Antes da assosciação os
comerciantes só compravam o coco da gente a 30 centavos e depois da associação
o preço aumento. Por isso, a gente acha que o nosso serviço foi valoriazado",
explica a quebradeira de babaçu Francisca Betânia.
Do G1 MA, com informações do via globo rural
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