A sede do jornal semanal francês Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo nesta terça-feira de um ataque que deixou ao menos 12 mortos e quatro pessoas seriamente feridas. De acordo com a rede de notícias Associated Press (AP), o episódio foi o mais mortal ato terrorista na França nas últimas décadas.
O jornal é conhecido pelo humor ácido e provocativo com o qual produz as suas charges e, entre os mortos, relatou o Le Monde, estão quatro dos principais desenhistas da publicação: Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, Jean Cabut (Cabu), Verlhac Bernard, que assina com o apelido Tignou, e Georges Wolinski.
Corinne Reay, cartunista do jornal conhecida como Coco, contou ao Le Monde que estava de saída quando cruzou com a dupla. “Dois homens armados nos ameaçaram brutalmente. Eles queriam entrar. Eu digitei o código. Atiraram em Wolinski, em Cabu. Tudo durou cinco minutos e eu me escondi embaixo da mesa”, relatou ela.
A razão do ataque e sua autoria ainda são desconhecidas. De acordo com Corinne, a dupla falava francês com fluência e dizia ser do Al-Qaeda. A AP, contudo, lembra que os extremistas do Estado Islâmico (EI) haviam ameaçado atacar o jornal há pouco tempo.
Segundo testemunhas ouvidas pela rede de notícias Reuters, dois homens armados foram vistos entrando no edifício da publicação. Em seguida, foram ouvidos vários tiros.
Minutos depois do episódio, que foi classificado pelo governo francês como um ato terrorista, um vídeo registrado por uma testemunha mostrou um dos momentos do ataque.
Nele, é possível ver a dupla de mascarados descendo de um carro atirando contra um homem, que aparenta um ser um policial. Após os disparos, os homens voltam ao automóvel e deixam o local. Segundo a CNN, os atiradores ainda estão foragidos.
Abaixo, o vídeo que mostra cenas do ataque ao jornal. As cenas são fortes.
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