A situação na penitenciária chegou a ficar crítica, no entanto, foi controlada após a chegada da tropa de choque. O nome do preso encontrado morto é Cleiton Ferreira da Silva, que cumpria pena no pavilhão C por tráfico de drogas há 3 anos. De acordo com o sindicato, o detento morreu em virtude de uma úlcera. "Quando os presos foram para o banho de sol encontraram o corpo. Ele, inclusive, já havia se submetido há vários procedimentos e fazia tratamento", afirmou o diretor juridico do sindicato, José Roberto Pereira.
Familiares que aguardavam na porta do presídio o início do horário de visita receberam a informação de que não poderiam entrar em virtude do princípio de rebelião. Uma mulher identificada como Amanda Rodrigues disse ser a esposa de Cleiton Ferreira da Silva. Segundo ela, o marido passava mal desde às 11 horas da manhã. "Me disseram que ele estava vomitando sangue e chegou a desmaiar. Isso foi às 11 horas da manhã. Estou aqui querendo saber o que está acontecendo e ninguem fala nada. Preciso saber como está meu marido", disse a mulher antes de ser informada oficialmente da morte do marido.
O Gate esteve na penitenciária e a situação já é de normalidade. A Irmão Guido possui 424 presos. Oito agentes estão de plantão e 12 militares fazem a guarda externa. O técnico de enfermagem do SAMU, Girleno França, que socorreu o detento, confirmou o óbito e que não há outro ferido dentro do presídio. "Ele morreu de uma parada cardiorespiratória sem chance de reanimação. A polícia agora faz vistorias nas celas do pavilhão mas, no momento, tudo está tranquilo", disse.
A esposa de Cleiton entrou no presídio gritando e acusando os agentes penitenciários de serem os culpados pela morte, já que o socorro só chegou 4 horas depois.
Essa é a segunda morte registrada no sistema prisional do Piauí este ano. A primeira aconteceu no dia 1 de janeiro, quando o jovem identificado como Eduardo Alves de Sousa, 20 anos, foi morto na Penitenciária Mista de Parnaíba. Eduardo estava preso há um mês acusado de decepar as mãos da namorada. Em 2014, o estado registrou 19 mortes, sendo 13 homicídios.
Ampliada às 15h34 (horário local)
De acordo com Kleiton Holanda, diretor administrativo do Sinpoljuspi, a causa da morte do preso ainda é desconhecida. Segundo ele, a Irmão Guido já havia autorizado a saída do detento amanhã para a realização de exames no sistema público de saúde. "Só que ele não resistiu à espera e veio à óbito. Como ele foi retirado do pavilhão já sem vida, só a perícia poderá afirmar a causa da morte", afirmou.
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