A família do brasileiro Marco Archer
Cardoso Moreira, de 53 anos, que deve ser executado na madrugada deste domingo
(17) no horário local – por volta das 15h deste sábado – na Indonésiafez a
última visita a ele na prisão. As imagens foram divulgadas por um canal de TV
local e exibidas pelo GloboNews. Os parentes chegaram à cidade de Cilacap, na
Ilha de Java, neste sábado (16).
Marco Archer é instrutor de voo livre
e foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína
escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no
Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto,
mas foi preso duas semanas depois. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico
de drogas.
Além de Marco Archer, outro
brasileiro aguarda no corredor da morte da Indonésia, o paranaense Rodrigo
Muxfeldt Gularte, também por tráfico de cocaína. Nesta sexta-feira (16), a
presidente Dilma Rousseff fez um apelo por telefone ao governante da Indonésia,
Joko Widodo, para poupar a vida dos brasileiros condenados à morte, mas não foi
atendida.
Widodo respondeu que não poderia
reverter a sentença de morte imposta a Archer, “pois todos os trâmites
jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi
garantido o devidoprocesso legal”, segundo nota da Presidência.
O assessor especial da Presidência da
República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, informou que o
governo brasileiro pediu ajuda ao Papa Francisco contra a condenação à morte do
brasileiro. “Fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno dossiê
sobre o caso e me foi assegurado que isso seria enviado à Secretaria de Estado
do Vaticano para que sua Santidade pudesse interceder em favor de uma atitude
de clemência do governo indonésio”, disse.
O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, enviou uma carta ao chefe do Ministério Público da Indonésia
para pedir que o governo daquele país adie por oito semanas a execução do
brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfico de drogas.
Segundo a PGR, o adiamento por oito
semanas daria ao Ministério Público do Brasil e ao da Indonésia um tempo mínimo
para tentar uma cooperação entre os dois países que alivie a situação dos
brasileiros e também leve a um acordo mais amplo para solução de futuros casos
semelhantes.
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