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sábado, 31 de janeiro de 2015

Pelo menos nove adolescentes foram assassinados em São Luís em 2015

Dados levantados nos plantões policiais da região metropolitana de São Luís mostram que nove adolescentes foram assassinados em janeiro deste ano. Segundo o Índice de Homicídios na Adolescência, a cada mil jovens, três correm o risco de serem assassinados antes de completar 19 anos no Maranhão.

Para o Ministério Público Estadual, os casos de desaparecimentos registrados em todo o estado podem estar relacionados à violência infanto-juvenil, situação que preocupa o coordenador operacional de apoio à infância e juventude.

Segundo o promotor Márcio Tadeu Marques, o número de adolescentes desaparecidos é grande e muitos têm sido vítimas da violência relacionadas as facções criminosas que atuam no Maranhão. “É muito possível que casos de desaparecimento  estejam ligados a homicídios de adolescentes. Podemos considerar que existe um tipo de juvenilização da criminalidade organizada pelas facções que atuam em nosso estado”, disse.

Uma das soluções para o problema, segundo o promotor de Justiça, seria entender o fascínio que o mundo do crime cria nos jovens e aplicar as políticas públicas já existentes para tentar reverter essa realidade. “É preciso entender esse fenômeno não só como uma percepção desses jovens de que o mundo do crime é mais atraente. É preciso fazer com que as políticas públicas possam atuar para evitar essa realidade”, concluiu.

Índice de homicídios na adolescência

O estudo revela que 2,42 entre cada mil jovens maranhenses correm o risco de serem assassinados antes de completarem 19 anos. Esse dado confere ao estado a 19ª maior taxa de risco no ranking feito entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.

De acordo com os dados, a região Nordeste apresenta a maior incidência de violência letal contra adolescentes, com um índice igual a 5,97. O Maranhão ocupa a 8ª posição entre os estados nordestinos, ficando à frente apenas do Piauí (2,26).

A pesquisa mostra que os adolescentes do sexo masculino têm 11,92 vezes mais chances de serem mortos do que as do sexo feminino. A diferença cresceu em relação a 2011, quando era 10,3. Em relação ao perfil dos adolescentes com maior vulnerabilidade, o estudo revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 2,96 vezes maior do que os brancos.


Outra conclusão do estudo é que as chances de morrer vítima de arma de fogo é 4,67 vezes maior do que por outros instrumentos, o menor patamar da série iniciada em 2005. Em 2009, o risco era 6,17 vezes maior.

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