Polícia apresenta mandante do assassinato de líder comunitário no bairro do Coroadinho

  

O delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, apresentou, nesta quinta-feira (15), Jéssica Edna Gomes Barros, 26 anos, como mandante do crime de homicídio que vitimou o professor Pedro Wilson Moraes, o “Pedro Sardinha”, 53 anos. Ele foi assassinado com três tiros, na manhã de quarta-feira (14), nas dependências do projeto Arte na Comunidade, no bairro do Coroadinho.

 

“A vítima era uma pessoa muita querida na comunidade, pois desenvolvia um projeto na área social que tinha como escopo afastar os adolescentes do mundo das drogas, mas mesmo assim foi ordenada sua morte. O sistema de segurança não vai tolerar esse tipo de ação”, ressaltou o delegado-geral Augusto Barros.

 

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios, Jeffrey Furtado, o crime teria sido executado por dois adolescentes, sendo que um está sob investigação e o outro foi apreendido pela Polícia Militar e apresentado na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), onde os procedimentos legais foram adotados.

 

Segundo o delegado Jeffrey Furtado, em uma ação rápida e conjunta da Polícia Militar com a Polícia Civil, foi possível chegar à acusada, após informações prestadas pela viúva da vítima que reconheceu o autor dos disparos.

 

Investigações

 

Logo após o crime, de posse dos depoimentos colhidos na área, a polícia chegou ao adolescente apontado como autor dos disparos. Ao ser encaminhado para a DAI, ele afirmou que Jéssica era a mandante e disse que a ordem para ele foi dada por terceiros.

 

“No curso dos trabalhos, descobrimos que outro líder comunitário também deveria ser assassinado, contudo, como estava tentando arrumar um emprego para Jéssica no legislativo estadual, este teria sido informado por ela, via telefone, que não fosse para o local, já que “Sardinha” seria assassinado”, informou o delegado Jeffrey Furtado.

 

Em depoimento, algumas informações do adolescente foram confirmadas por Jessica, embora tenha negado ser a mandante do crime. As investigações deverão ser concluídas em 10 dias, mas existe a previsão legal de dilação de prazo