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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Começa hoje o Festival Internacional de Animação Estudantil, Anim!Arte, com 300 curtas

Pela primeira vez em São Luís, uma mostra internacional de filmes de animação foi exibida na íntegra em vários espaços da cidade. O Festival Internacional de Animação Estudantil, Anim!Arte faz parte da 7ª edição do Maranhão na Tela e reúne cerca de 300 curtas. De amanhã até 6 de fevereiro a Mostra será exibida, em sessões gratuitas, no Cine Impar, na sede do jornal O Imparcial.

Também no Cine Impar serão exibidos os filmes maranhenses vencedores da mostra competitiva. Serão duas sessões de exibição. Às 12h30 o público vai acompanhar as animações na categoria Filmes Ambientais Internacional e às 18h30 os filmes maranhenses que foram vencedores da Mostra Competitiva do Maranhão na Tela. A programação completa está disponibilizada no site oficial do festival: www.maranhaonatela.com.br.

“Nós escolhemos esse horário para pegar o fluxo das pessoas que estão circulando após o almoço e na saída do trabalho. Os curtas terão a temática ambiente e serão exibidos os seis filmes ganhadores da Mostra”, afirma Mavi Simão, coordenadora geral do evento e que foi jurada do Anim!Arte, na categoria ambiental.

Os filmes de animação integram a 11ª edição do Festival Anim!Arte, realizada em outubro de 2014, no Rio de Janeiro. O evento é dirigido por Alexandre Juruena, que está desde o dia 22 em São Luís ministrando apresentando a mostra e ministrando uma oficina de animação, que tem cerca de 20 inscritos.

O Festival Anim!Arte tem como objetivo incentivar a cultura e o crescimento profissional e artístico na área de animação, entre os estudantes, através do fomento e do aprimoramento de produções audiovisuais em animação. Com 11 edições realizadas e 13 anos de existência, no ano passado o evento recebeu 357 filmes de 46 países, vindos das mais importantes e conceituadas escolas de cinema e audiovisual do mundo, além dos filmes de profissionais das categorias temáticas: Meio Ambiente e Culturas do Mundo. Ao todo foram mais de 500 filmes inscritos.

Esta edição do Maranhão na Tela contará com a exibição de 330 animações, dentro do Grand Prix Anim!Arte, itinerância do festival que já foi realizada em 10 estados brasileiros, Cidade do México (México) e Melbourne (Austrália). Além de São Luís, a outra cidade que recebeu os filmes do último festival foi Curitiba.

“Ao longo desses 13 anos adquirimos o reconhecimento internacional, tanto em participação de vários países, quanto em exibição em diversos cinemas do mundo. É uma grande oportunidade para que o público do Maranhão possa assistir filmes inéditos e que estão apenas em circuitos de festivais ao redor do mundo”, assegura Alexandre.

Sem dúvida uma grande oportunidade para que profissionais de audiovisual, estudantes e demais interessados possam conhecer o panorama mundial da produção estudantil da animação mundial. O foco de Alexandre é a arte-educação. Professor há 11 anos ele também ministra oficinas por todo o país e garante que o Brasil tem muitos talentos para a arte de animação.

“O interesse pela animação no Brasil sempre foi grande e ultimamente percebo que ele tem ficado maior. Ao mesmo tempo os cursos sobre animação estão mais presentes. Mas tem muita gente autodidata. Trabalho muito com a arte-educação e a satisfação em ensinar e fazer é a mesma. Tem muitos alunos meus que ganharam premiações, então isso também dá prazer. E o meu objetivo é esse, é fazer um curta e mandar para o mundo, para outros festivais, produzir filmes que possam ser vistos e apreciados por outros povos e outras culturas em diferentes países. No meu envolvimento com educação tenho batalhado por isso”, avalia Alexandre.

Professor de animação da Escola Parque, no Rio de Janeiro, Juruena atua como incentivador da animação no Brasil. Com esse foco, o Anim!Arte é uma ação que se destina a fomentar o crescimento da animação profissional brasileira, através de exibições de filmes, mostras competitivas e realização de palestras com grandes nomes do cenário nacional.

SUB 
Animação e cultura local
A cada oficina ministrada por Alexandre um filme foi produzido ao final das atividades. A inspiração para o roteiro, que é feito pelos próprios alunos, é a cultura local. O resultado do trabalho da oficina. 
O espectador vai ver um hidrante falante, uma garrafa que conversa ou ainda um poste dialogando com turistas. Esta é a quarta vez que ele vem a São Luís e sempre trabalha com a temática local, fazendo uso de bonecos de personagens do tambor de crioula e do bumba meu boi. Em 2011 ele trouxe um curso sobre a História Social da Animação. Nesta edição a oficina trabalha técnicas de Stop Motion e Pixilation. 
De acordo com Alexandre é importante que a cultura brasileira seja representada nas produções. “Damos a vida às coisas de São Luís, animando o que aparentemente não tem vida, como o chão que fala, por exemplo, sempre buscando também os aspectos locais. O audiovisual reflete o potencial da cultura local que é muito forte, fazemos a transposição disso para o filme”, conta ele. 
Se é difícil fazer? Ele responde: “Não é difícil. A ideia é trabalhar a linguagem e mostrar que é acessível e pode ser feita de maneira simples, com uma câmera, um computador. Claro que quem tem mais instrumentos terá mais recursos, mas mesmo quem é amador consegue fazer uma animação”, afirma Juruena. 
A atriz Maria Itskovich, uma das participantes da oficina, garante que não é difícil. “É um trabalho que exige paciência. Acho que é mais complicado na parte da edição que tem que sincronizar as falas. Mas é muito prazeroso fazer”, diz a atriz. 

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