No dia seguinte
Quando os primeiros alunos começaram a chegar na
escola para o turno matutino, já avistaram um grupo de alunas que estavam sem
farda e que pertenciam ao turno vespertino. Assim que chega na escola, o então
vice – gestor, chama as meninas e orienta as mesmas que atravessassem a ponte e
o esperassem na Praça Almirante Tamandaré, e assim foi feito. Durante o período
de espera, as alunas foram vistas na Praça por algumas professoras que iam para
a escola. Pouco tempo depois, apareceu o professor e tratou de levá-las para o
local do suposto evento da juventude. Vale ressaltar, que todos os eventos
externos que a escola participa, os professores são informados, inclusive os
profissionais da secretaria, pois, quando um pai ou responsável chegar a
procura de um aluno não fiquem sem resposta.
Chegando à Câmara, onde o evento ainda não havia
começado, as alunas foram levadas para um comércio próximo ao Matadouro, foi
colocada em cima de uma mesa um refrigerante, um pacote de biscoito e uma
cerveja, chegando até a colocar os copos no dispositivo para serem preenchidos,
porém imediatamente uma das alunas virou o seu copo e disse que não ia beber
aquilo. Meio sem jeito, o professor disse que o que acontecesse ali não era
para ser levado para fora. E voltou o olhar para outra aluna dizendo beba, e
assim a aluna bebeu.
Inconformada com a situação, a primeira induziu a
segunda, que tinha apenas 12 anos a beber também, e assim foi feito, de forma
que três alunas ingeriram cerveja na frente do professor e nada foi feito, a
aluna de 12 anos relata que imediatamente ficou tonta e nunca tinha bebido
cerveja.
Retornando para a Câmara
A retornarem para a Câmara de Vereadores, onde o local
já estava com um público razoável, entraram e por lá permaneceram, foi então
que a ficha caiu, onde aquele evento para a juventude se tratava do “Evento de
filiação do vereador Chiquinho do SAAE ao PP – Partido Progressista”, nada do
que era discutido ali, foi entendido pelas alunas, parecia que as quatro
estavam em outro mundo.
Enquanto o tempo avançava e a hora do almoço se
aproximava, a aluna de 12 anos se dirigiu ao professor dizendo estar com fome e
que teria que ir para casa, pois ainda apresentaria um trabalho de matemática
naquela tarde, imediatamente o professor respondeu que “ligaria para a
Assistente Pedagógica para abonar a sua falta, além de atribuir nota para ela e
que todas iriam para um almoço numa churrascaria”.
Terminado o evento da “juventude”
Ao terminar o evento, as alunas já esgotadas de fome e
após longa espera para o fim daquele blá blá blá, foram colocadas dentro de um
carro vermelho onde duas pessoas desconhecidas delas já as esperavam. O
professor ainda falou entra aqui, entra aqui que já estou chegando lá.
Imaginando que estavam indo para uma churrascaria, as
alunas até se empolgaram, mas o que era uma expectativa positiva para elas
acabou se tornando um motivo para desconfiança, preocupação e medo, pois,
quando eventos daquela natureza são realizados em Codó, o almoço geralmente
acontecem em locais conhecidos como: Churrascaria Shallon, Casa da Picanha,
etc.
Quando elas ainda passavam sobre a ponte, indo em
direção à Trizidela, uma das alunas pediu para que o motorista parasse o carro
na praça e que ela desembarcaria ali. O pedido foi negado pelo motorista, pois
estariam indo almoçar.
Pasmem vocês, amigos leitores, as alunas foram levadas
para um bar de nome “Cai Cai”. Aí vem uma série de indagações: Por que aquele
local? Em meio a tantos restaurantes para almoço, com que intenções teriam ido
justamente para aquele local?
Pois bem, após a chegada no Cai Cai, foi preparada uma
mesa com seis cadeiras e pedido um peixe e uma cerveja. Apesar das meninas
declararem que os copos foram colocados no mesmo dispositivo na mesa, as quatro
se afastaram e foram ao banheiro do local e lá demonstraram preocupação por
conta do professor ainda não ter chegado.
Ao retornarem à mesa, a pessoa que acompanhava o
motorista perguntou a idade de todas, como resposta obteve: 12, 14, 14 e 16
anos, e disse: “ você tem a idade da minha filha”, e comentou com o colega: “
rapaz esse cara é louco, trazer umas meninas dessa idade isso é loucura”, mesmo
assim permaneceu no local com elas.
Tentando ganhar confiança, o motorista se identificou
como Robson, e começou a mostrar fotos de seu celular, inclusive chegou a dizer
que era acostumado em sair com meninas daquela idade. Entre essas fotos havia
um vídeo de um barco, que ele dizia ser o dono e que depois poderiam até
combinar um passeio e perguntou para as meninas “Quem topa?”.
Já por volta das 14 horas, uma mãe aparece na escola e
se dirige até a secretaria perguntando pela sua filha de 12 anos. Ficou uma
dúvida no ar! Porque naquele dia não havia nenhum evento externo e foi
perguntado para ela que evento seria esse? “Minha filha chegou em casa ontem e
disse que o vice diretor havia dito que era para ela e mais três colegas participarem
de uma palestra para a juventude na Câmara“.
Tudo conspirava para os planos do professor falhar
A diretora estava no seu dia de folga e resolveu
passar na escola para acertar algumas coisas com o vice, porém ele não havia
aparecido à tarde. Encontrando a mãe preocupada, resolveu ligar para ele, ao
atender e a diretora perguntou: “Onde você está com as filhas alheias?”, e teve
como resposta: Estamos almoçando. E a diretora em alto e bom som disse:
“Traga as filhas alheia agora!”- Não se sabe ao certo
onde esse homem estava, só sabemos que estava muito distante das alunas.
Naquela tarde, tudo conspirava contra o vice diretor,
pois, faltou energia na escola e os alunos foram liberados mais cedo por conta
do calor. Como era uma sexta-feira, um grupo de professoras decidiu ir até o
bar Guarujá, que fica na estrada de Timbiras, porém, antes do Cai Cai. No
trajeto, as professoras cruzam com o vice diretor com mais duas meninas na
garupa da sua moto, nesse momento surgiu uma indagação, sobre os possíveis
locais de onde aquelas meninas pudessem estar vindo, dentre as possibilidades
até a Prainha de Timbiras foi sondada.
Como não tivemos a certeza, deixamos para lá, mas a
dúvida ficou.
Na segunda-feira, já na escola
Como no sábado e no domingo não tínhamos contato com
as alunas, deixamos para a segunda para fazer os questionamentos. De imediato,
a primeira disse que não aguentava pegar pressão e passou a narrar tudo o que
foi dito acima. Imediatamente a Gestora Titular, professora Eliete Ribeiro
colheu os termos de declarações das alunas e juntamente com o Instrutor de
Esportes, Reinaldo Bezerra, foram até a Secretaria de Educação para informar o
ocorrido para a Secretária, professora Rosina Benvindo, na manhã da quarta-feira.
À tarde um Boletim de Ocorrência foi confeccionado e a escrivã informou que
posteriormente as mães seriam chamadas para acompanhar os depoimentos das
alunas, e até agora nada aconteceu.
Para SEMED, foram cobradas em duas oportunidades a
instauração em caráter urgência de uma Sindicância para apurar os fatos. O
advogado do órgão, disse até que iria visitar a escola para colher os
depoimentos das alunas, porém, mais de um mês se passou e percebi, não como
Blogueiro, mas como educador e pai de duas filhas (uma de 4 e outra de 10 anos)
que jamais aceitaria que algo dessa natureza acontecesse com minhas filhas.
Comentários de responsabilidade do editor
Não divulguei até agora o nome do vice gestor
afastado, para não atrapalhar o andamento das investigações, apesar de todos os
alunos da escola saber de quem se trata. Também por desacreditar na justiça
local, pois, da última vez postei o nome de um agente público por práticas de
algumas irregularidades, fui tratado como criminoso por uma magistrada.
Esse professor possui padrinhos muito fortes, todos da
escola perceberam um corporativismo em seu favor, o advogado da SEMED, mesmo
tendo o conhecimento das leis, ainda não conseguiu encontrar uma fundamentação
para investigação mais a fundo e as alunas cobram: “Cadê a justiça professor?”
Na última quinta-feira, foi protocolada uma denúncia
crime contra o professor e todos que se omitiram na apuração deverão responder
ao Ministério Público, pois, quase 35 dias após o fato ainda estamos sem
respostas, pois o afastamento do professor não pode ser encarado como punição,
e sim como forma de resguardar a integridade das alunas, a abertura de uma
Sindicância não quer dizer que o professor será condenado, muito pelo contrário
deverá ser dado o direito à defesa e do contraditório a ele.
Em outras oportunidades, um professor que mostrou o
vídeo de um jumento praticando ato sexual foi transferido, outro que proferiu
uma frase em que fazia alusão à prática de ato sexual com uma aluna, este foi
exonerado, e porque essa morosidade em apurar essas denuncias? Depois que
estávamos apurando o caso descobrimos quem era o dono do carro vermelho,
trata-se de uma pessoa conhecida por Robson, o mesmo que mostrou o vídeo do
barco e convidou as alunas para um passeio e que ainda disse ter o costume de
sair com meninas daquelas idades.
Desespero total do professor
Não aceitando o seu afastamento, o professor
denunciado difama nos quatro cantos da cidade a diretora Eliete Ribeiro,
declarando estar sendo injustiçado e perseguido por ela por conta das eleições
para a direção da escola, arando isso para desestabilizá-lo eleitoralmente.
A Bomba vem agora
Ouvi da boca da Secretária Rosina, de que estão vendo
uma forma de colocá-lo em uma outra escola para exercer suas funções quando
retornar do período de afastamento, é mole ou quer mais?
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