Os dois locais disponibilizados pela Justiça Eleitoral para recadastramento biométrico em Codó, na rua Cônego Mendonça, centro 9até 5 de maio de 2016) , e Ananias Murad (só até 17 de dezembro de 2015), estão com baixa procura por parte dos eleitores.
Tanto que da zona rural até agora só vieram 33% (pouco mais de 7 mil lavradores) e da cidade menos da metade dos que precisam se recadastrar.
Foi esta situação considerada crítica que motivou a convocação feita pelos juízes Ailton Gutember e Rogério Rondon e pela promotoria de Justiça Eleitoral, Linda Luz Mattos Carvalho, aos políticos com mandato na cidade.
“Na verdade a intenção da convocação foi chamar a atenção da classe política da imprensa e da comunidade em geral (…) Uma vez que se não for feito no tempo determinado os títulos serão, consequentemente, cancelados e as pessoas não poderão votar, quem vai ser prejudicado é principalmente a classe política que não vai contar com o voto do eleitor”, esclareceu a promotora eleitoral da zona rural (69ª zona)
O IMPASSE
No salão do Júri, na Av. João Ribeiro, a conversa foi séria. Buscaram juntos a solução para trazer, principalmente, quem é da zona rural, já que este ano não vai dá para levar a estrutura do TRE-MA para o interior do município, mas ela (a solução) não apareceu.
Os políticos alegaram falta de transporte, de dinheiro para alimentação de quem vem do campo entre outras dificuldades.
Foi o presidente da Câmara, Chiquinho do Saae, aquele que mais claramente enfrentou os juízes e a promotoria demonstrando todas as dificuldades possíveis
“Nem todas as vezes a gente também tem condições de alugar um transporte desse pra trazer o pessoal, a prefeitura não pode disponibilizar porque não vai tirar os escolares para transportar eleitores, então hoje é muito difícil”, afirmou à TV Mirante
E AGORA?
Foi sugerido pelo vereador Leonel Filho que uma segunda reunião seja realizada, só que todos os pré-candidatos sejam convidados para que a força do interesse deles também ajude no objetivo comum – fazer com que o codoenses, seja do campo ou da cidade, se interesse pelo recadastramento biométrico.
Do prefeito Zito Rolim, com o apoio imediato dos juízes, também surgiu a ideia de abordar na porta dos bancos, no mercado central ou onde estiverem aqueles lavradores que veem à cidade para, por exemplo, fazer compras ou receber benefícios sociais como Bolsa Família, pensão ou aposentadoria.
Apesar de acatada, ninguém se prontificou em montar sua equipe de abordagem e a ideia ficou um pouco solta dentro da reunião.
Certo mesmo é que diante dos obstáculos apresentados pelos políticos, a primeira reunião terminou definindo que a solução será mesmo apelar para a conscientização dos eleitores que só contarão com a estrutura extra na escola Ananias Murad, por exemplo, até 17 de dezembro.
É como pensa o juiz da 69ª zona eleitoral, Dr. Rogério Tognon Rondon que falou, em entrevista do Jornal do Maranhão (TV Mirante) no envolvimento dos empresários e até na colaboração dos religiosos (católicos, evangélicos, umbandistas).
“To chamando eles aqui para que divulguem mais, para que as autoridades religiosas também participem, divulguem também, para que o comércio também disponibilize som ambiente para que divulguem, chamem as pessoas para vir recadastrar, nós não teremos condições de atender depois de dezembro número muito grande de eleitores”, afirmou o magistrado
PREJUÍZO GERAL
A nova estratégia é deixar claro que haverá muito prejuízo para o eleitor caso não cumpra o prazo eleitoral do recadastramento por causa do cancelamento do título. Esclarecer, por exemplo, que sem o título o cidadão perde outros direitos que exigem quitação eleitoral.
Foi também neste sentido a fala do prefeito Zito Rolim.
“O não recadastramento vai trazer grandes prejuízos pra essas pessoas que tão se recadastrando, uma delas é perder todos os benefícios que eles têm, não vai poder contratar com o poder público, ter um emprego público, enfim, tudo isso vai comprometer, precisamos todos nos unir nesse momento porque a responsabilidade é nossa”, disse Rolim
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