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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

POR JACINTO JÚNIOR: ALIANÇAS HEGEMÔNICAS TRADICIONAIS SÃO ALTERNATIVAS DE MUDANÇAS?

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Jacinto Júnior
Na escalada para conquistar o poder político as frações organizadas se movimentam com o intuito de seguir sua filosofia: a de permanecer uma fração hegemônica. No atual contexto – a união quase impensada entre duas vertentes políticas tradicionais – Ricardo e Binése agrupam numa só convergência: enfrentar a candidatura do grupo emergente imperial, o “garoto virtual”. Essa é a principal tese que me fora exposta por um íntimo conselheiro de Ricardo Archer. Segundo sua opinião ‘é preciso uma frente política capaz de enfrentar o candidato do homem “lá de cima”, “do alto”. Gostaria nesse interim de fazer uma breve avaliação sobre a possível repercussão que causara na opinião pública a aliança tática entre Ricardo Archer e Biné Figueiredo. Ater-me-ei apenas ao aspecto formalizado no dia 26 de setembro de 2015, união selada no Parlamento Municipal.
Partindo da premissa principal de que a união é uma estratégia fundamental na política, é preciso, por um lado, verificar que tipo de aliança está sendo formalizada e seus interesses específicos e gerais. São dois momentos distintos. O primeiro trata da capacidade de cada grupo demonstrar sua força social – os simpatizantes, as lideranças de várias entidades e etc. que são fieis defensores desse ideário político. O segundo é mais complexo e difícil para ser consolidado por conta de vários entraves, entre eles:
I. a tentativa de estabelecer um consenso sobre o nome que vai ser o principal representante dessa nova força política construída;
II. o aspecto econômico que é prevalente no interior da classe dominante para realizar as eleições – quem vai ser o principal financiador?
III. Confiança-desconfiando, o ethos que não tem sustentação numa aliança circunstancial e momentânea;
IV. A luta pela ampliação da aliança com a aglutinação de outras correntes políticas – o famoso acordão.
Diante disso, a ideia central do alinhamento político entre as frações antagônicas é permanecer unida até o final do processo a ser desbravado: as eleições. Agora, após o processo eleitoral só o futuro dirá como se comportarão esse agrupamento que tende a se chamar de novo, com uma proposta de mudança e etc.; preliminarmente, podemos supor que nessa união esteja embutida a proposta para 2018 – deputados estadual e federal – a famosa dobradinha. Se, isso, já estar definido como uma aposta feita, então, esse agrupamento quer se reintegrar (recompor-se) como uma unidade hegemônica por um longo período, contudo, é bom frisar que o reacionário Biné Figueiredo é um colecionador de derrotas (duas eleições para prefeito e uma para deputado estadual), já Ricardo Archer numa aliança com o atual gestor não conseguiu emplacar o seu candidato (apesar de muito esforço) ficando na suplência mais uma vez. De todo, tem conseguido se manter com uma boa posição politicamente, afinal, tem o outro filho, (Guilherme Archer) como atual vice-prefeito.
Avaliar essa aliança é apostar no retrocesso e no atraso que pontua a velha raposa Biné Figueiredo. Creio que esse ardil não se frutificará! Biné é uma inconsequência política detonadora. Arrasa tudo aquilo que pode ser absolutamente certo e bonito. Ou seja, Biné é a síntese de todo processo que resultará na concepção de um modelo esquálido como a expressiva figura de Frankstein!
Codó já não sente saudade da violência, da opressão à cidadania, à dignidade do homem simples (por exemplo, o vendedor de milho na frente da Estação Ferroviária!). O momento histórico exige uma singular reformulação ampliada (o aprofundamento) da democracia consolidada, do desenvolvimento implementado e do respeito à liberdade plena. Esses novos ventos que agora estão sendo postos pelos lideres já não tem substancialmente nenhuma influencia sobre o inconsciente popular por tratar de questões já superadas. É possível verificar o conteúdo “imutável” do discurso proferido pela velha raposa política Biné em garantir ao povo ‘pobre’ a prática do assistencialismo em parceria com a ADRA. Essa visão míope não cabe mais numa sociedade que quer sua independência e desabrochar para uma percepção reformista.
A tentativa – da fração política que quer ser hegemônica –de ‘encantar’ e de ‘impulsionar’ o espírito saudosista de um período marcado pelo terror, atraso e opressão, não ganhou e nem conseguiu sensibilizar a militância como desejou os seus principais lideres. O reconhecimento desse sentimento pôde ser notado pelos lideres quando decidiram realizar opropalado evento no resumido espaço conhecido como a Casa do Povo – o Parlamento Municipal – que, no máximo, deve comportar 350 pessoas.
O fator primordial a ser avaliado é a impressão popular sobre esse gesto tão característico no campo político: a união entre as frações políticas, incluindo-se ai as antagônicas históricas.
Sobre esse aspecto, o blog do de Sápostou uma enquete aludindo sobre essa união, com a seguinte chamada: “Sobre a união de Ricardo Archer e Biné Figueiredo, o que você achou? Dê sua opinião aqui nesta enquete – 05/10/2015, 04:30. Parcialmente, verifiquei o seguinte resultado, onde haviam votados 67 pessoas:
BOM: 24%;
RUIM: 1%;
NÃO FAZ DIFERENÇA: 52%;
PÉSSIMA: 22%.
Tal resultado preliminar já responde ao desejo de saber qual a opinião popular sobre a inesperada e surpreendente aliança política entre dois grupos antagônicos que se desarmaram e optaram por uma nova estratégia política: “a luta pelo bem de Codó”.

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