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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Ao menos 26 morrem na mais violenta rebelião no presídio do RN

Ao menos 26 detentos morreram na rebelião da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, considerado o motim mais violento da história do Rio Grande do Norte. O número de mortos foi confirmado pelo secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Caio César Bezerra, no início da noite deste domingo. Segundo as informações da secretaria, 24 detentos foram decapitados e dois, carbonizados. A rebelião, que teve início no sábado, foi controlada no início da manhã deste domingo por policiais militares e agentes penitenciários.
Mais cedo, o governo do estado havia divulgado o número de 27 presos mortos, mas, depois, afirmou que um deles havia sido contado duas vezes – alguns detentos foram esquartejados e outros carbonizados, dificultando o levantamento dos peritos. Os corpos foram recolhidos em um caminhão frigorífico alugado e levados ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) do Rio do Grande do Norte para que seja feita a identificação, que deve começar na segunda-feira com o apoio de legistas do Ceará e da Paraíba, que vão ajudar no trabalho. O caminhão passará a noite no quartel da Polícia Militar, por questões de segurança.
Em entrevista coletiva na noite deste domingo, o secretário de Justiça, Walber Virgolino Ferreira da Silva afirmou que na segunda-feira haverá nova busca por corpos no presídio – há boatos de que haveria mais detentos mortos nas fossas do local, informação que o secretário não acredita que se confirme. Pelo menos seis homens, pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram identificados como os responsáveis pela rebelião que destruiu parcialmente a Penitenciária Estadual de Alcaçuz e o Pavilhão Rogério Coutinho Madruga. De acordo com Virgolino, os líderes identificados estão isolados e devem ser transferidos para outras unidades do estado. Segundo a secretaria, o governo deve pedir a transferência dos líderes para presídios federais com a meta de enfraquecer possíveis reações dos detentos e separar duas facções, Sindicato do Crime e PCC.
Durante a entrevista, Bezerra afirmou que haverá reforço nas guaritas e nos arredores do presídio durante a noite com o objetivo de evitar fugas. Na segunda-feira, uma nova revista na unidade será feita, para buscar armas. Após a rebelião foram foram encontradas armas de fogo artesanais, afirmou o secretário.

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