O drama da adolescente Camila Cristina Sousa da Silva, de 16 anos, e de sua família começou quando em um acidente na zona rural, onde ela mora, fraturou o braço direito. Conta o pai da menina, o lavrador Genivaldo Beato da Silva, que isso ocorreu no dia 28 de outubro do ano passado.
Data em que começaram as tentativas para uma cirurgia ortopédica no Hospital Geral Municipal, com gastos para exames fora da rede pública.
“Pediu foi raio X do braço, exame aí foi batido tudo lá…QUANTO O SENHOR JÁ GASTOU EM CLÍNICA PARTICULAR? Particular eu já gastei uns R$ 400, fora o que eu venho gastando com gasolina do interior pra cá, toda semana eu corro pra cá, toda semana, diz que operam, não opera, aquele fole”, disse a reportagem da TV Mirante
Só no dia 24 de janeiro de 2018, quase três meses depois, o Hospital resolveu, por decisão de seus ortopedistas, internar Camila Cristina para submetê-la à uma cirurgia.
A espera, agora internada na Enfermaria 36, leito 106, acabou virando um outro problema, explicou-nos o irmão Cléberson de Sousa, até para a mãe que precisa acompanha-la.
Ela tem alergia e tem sofrido com o acompanhamento também.
“Minha mãe passa mal, tá em casa com alergia por causa do hospital e ela tem que ficar lá com ela…TEM MEDO DE SUA IRMÃO DESENVOLVER, LÁ, UMA BACTÉRIA? Claro que eu tenho, até eu tenho medo de ficar lá, eu vou lá porque eu tenho obrigação é da minha família, mas eles não tão nem aí, a única que eles faz vai lá e sai, fala que vai ter material e nunca chega”
ENTREVISTA PARA O BLOG
NÃO TEM MATERIAL
NÃO TEM MATERIAL
Já são mais de 30 dias internada e a cirurgia não acontece. Cléberson diz que a única justificativa que tem ouvido, com seu pai e mãe, é que não tem material.
“Diz que falta material, vai chegar, vai chegar e nunca chega, sempre vai lá na sala dele e fala – oh, vai chegar tal dia, mas esse tal dia nunca chega e a gente já tá com um mês com ela lá…INTERNADA? internada…ANTES DISSO RODANDO PRA LÁ E PRA CÁ? Pra lá e pra cá, pagando exames fora pra levar pra lá, a gente tem já o exame pra comprovar que tá quebrado e a gente tá lá correndo atrás e nada de uma posição deles”
O QUE DIZ O HOSPITAL
Nós ouvimos duas coordenadoras aqui do HGM, a de enfermagem e a de regulação, a que consegue leitos fora do município.
Lucy Anne Andrade, assistente social da regulação, explicou que o caso da adolescente não pode ser resolvido neste hospital porque o tipo de cirurgia dela só é feito no Hospital de Traumatologia Ortopédica que fica em São Luís.
Disse ainda que desde 28 de janeiro decidiu-se por sua transferência, desta data em diante tenta-se uma vaga na capital, mas até agora, segundo Lucy Anne, não há nem previsão.
PRESO À PROBREZA E AO DESCASO
Sem ter a quem recorrer o pai da adolescente diz que só ainda continua enfrentando esta situação porque não tem condição de fazer o tratamento fora da rede pública de saúde.
“Eu sou pobre eu não tenho o que vender pra poder tratar dessa menina…O SENHOR TÁ AGUARDANDO NESSE SOFRIMENTO TODO PORQUE NÃO TEM CONDIÇÃO DE TIRAR? Não tenho condição de tirar porque se eu tivesse condição eu já tinha tirado faz é dia, tivesse R$ 10.000 eu já tinha pago”, disse à TV
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