Pneus foram colocados no meio da pista impedindo a passagem durante
toda a manhã, depois jogaram gasolina e atearam fogo. Uma nuvem negra se
formou chamando a atenção de longe no bairro. O momento ficou mais
tenso quando alguns moradores também resolveram derrubar os tapumes da
obra a chutes e pedradas.
O Parque Ambiental é uma obra do Governo do Estado, orçada em mais de
7 milhões de reais, iniciada em cima do que antes era uma grande
lagoa, agora toda vez que chove até a principal avenida da Trizidela tem
ficado alagada como já mostramos aqui no blog em vídeos enviados à
nossa redação. Em chuva recente até um jacaré foi filmado andando na
Cristóvão Colombo, ele, certamente, perdeu a morada na Lagoa.
Por conta dos problemas ocasionados pela obra os moradores
interditaram hoje pela manhã, 19 de fevereiro, a avenida para
protestar.
‘Na minha casa, rua do Bacuri, tá cheia d’água, alagada, tá cheio de
lama e em tempo dele tá ajeitando isso aqui, gastando dinheiro de besta,
ele tava era ajeitando as ruas e dando emprego pros pessoal”, reclamou a
dona de casa Ana Paula Fernandes Muniz.
Depois fizeram outro amontoado no meio da avenida com o material que cercava a obra.
“A gente tá querendo que ele resolva o problema, NINGUÉM QUER CRIAR
PROBLEMA queremos que resolva o problema nosso, entendeu? Então tem
muita gente dormindo dentro d’água (…) faça a obra mais resolva o
problema nosso”, disse o mototaxista Francisco Sousa Silva Filho.
“Porque se botando uns tubos pode ser que dá alguma solução pro nosso
povo…TEM QUE TER UMA SOLUÇÃO? Tem que ter uma solução, vamos continuar
até o final da história”, completou o lavrador Raimundo Cunha.
A guarda Municipal e a Polícia Militar estiveram no local,
conversaram com os manifestantes e fizeram cessar a depredação da obra.
Pediram que fosse pacífica.
Durante o protesto ninguém representando o obra estadual apareceu
para conversar com os manifestantes que pretendem voltar a fazer novos
protestos, inclusive proibindo a continuidade da obra
“Nosso plano é esse, é entrar na obra, primeiramente estamos aqui pra
sermos ouvidos se não formos ouvidos aí nós vamos parar a obra, nós
moradores vamos parar a obra…PORQUE ESTA DECISÃO? Porque nós estamos
sendo prejudicados”, garantiu o cidadão Hernandes da Silva e Silva
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