A clínica de
hemodiálise atende pacientes de cinco municípios desta região do
Maranhão. 76, ao todo, São de Santo Antonio dos Lopes, Capinzal do
Norte, Coroatá, Timbiras e Codó.
Todos precisam 3 vezes por semana das 20 máquinas funcionando plenamente. Cada sessão dura quatro horas, sem interrupção.
O serviço é vital para
cada um deles e nós fomos na manhã de ontem à Nefroclínica sabermos
qual a situação de abastecimento uma vez que uma máquina daquelas só faz
a limpeza do sangue de cada paciente com um material específico que vem
de muito longe, alguns insumos necessários vem do Rio de Janeiro, de
Fortaleza – CE e até de São Paulo.
Entre aqueles cuja
falta mais preocupa estão os chamados capilares – que são tubos que
funcionam como um rim artificial responsável pela limpeza do sangue do
paciente enquanto ele está ligado à máquina.
Nefroclínica de Codó |
Também temos as chamadas soluções ácidas e básicas, essenciais para que o tratamento seja perfeito.
Uma futura falta deste
material é o que já preocupa a proprietária da clínica, Ana Lys Castro
Noleto, ouvida por nossa reportagem.
“Claro que preocupa
porque é uma preocupação de todo o Brasil, de todos os hospitais, todas
as clínicas, mas as clínicas de hemodiálise sempre trabalham compra de
material com a previsibilidade para o mês, mas com a continuidade
dessa greve com certeza faltará material”, disse
Nós também conversamos
com alguns pacientes. Há um ano seu Raimundo Nonato da Conceição
precisa de hemodiálise semanalmente. Falou de como fica seu corpo até
nos dias de intervalo entre uma sessão e outra, nem quer imaginar a
falta da diálise se os produtos vierem a faltar.
“3 dias pela
semana…QUANDO FALTA, QUALQUER DIA DESSE COMO É QUE FICA O CORPO DO
PACIENTE? Fica ruim, o meu fica ruim…O QUE O SENHOR SENTE? Eu sinto,
assim, eu sinto assim um cansaço…ENTÃO NÃO PODE FALTAR? Não, não pode
faltar não…ESSA GREVE DOS CAMINHONEIROS PREOCUPA VOCÊS? Rapaz, preocupa
porque fica ruim o negócio”, respondeu
Nefroclínica de Codó vai passar a atender 120 pacientes renais |
A empresária Ana Lys Noleto
tranquilizou os pacientes dizendo que atualmente ainda não há risco de
falta, mas esta autonomia do estoque tem prazo para acabar.
“A Nefroclínica sempre
trabalhou com uma previsão antecipada assim pra 30 dias, 40 dias para
que não falte material até porque Codó é uma rota meia deslocada, a
gente tem que trabalhar desta forma (…) NÓS ESTAMOS ABASTECIDOS PARA
ATENDER ESTES 76 PACIENTES? Estamos sim, essa semana e a próxima…JÁ
DEPOIS SE CONTINUAR? Complica um pouco”, disse
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