PLANTÃO BRASIL: Governo e caminhoneiros anunciam acordo para suspender greve por 15 dias
Caminhoneiros seguram uma faixa com
“greve” ao bloquearem a estrada Régis Bittencourt, a 30 quilômetros de
São Paulo, durante o quarto dia de greve para protestar contra o aumento
do custo do combustível no Brasil (Crédito: AFP PHOTO / Miguel
SCHINCARIOL)
Os ministros Eliseu Padilha (Casa
Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo)
anunciaram há pouco, no Palácio do Planalto, que foi fechado acordo com
entidades representantes dos caminhoneiros para suspensão dos protestos
da categoria por 15 dias, quando as partes voltarão a se reunir.
Após 15 dias, será realizada nova
reunião entre entidades e governo para acompanhar os compromissos. O
acordo prevê o prazo de 30 dias para reajuste dos combustíveis e a
manutenção do desconto de 10% no preço do diesel por 30 dias. A União
pagará compensação financeira à Petrobras para garantir autonomia
estatal.
Veja alguns pontos do acordo:
– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas
– Tabela de frete será reeditada a cada três meses
– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas
– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas
– Entidades e governo terão reuniões periódicas
– Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços
“Devo
dizer que o presidente Michel Temer autorizou que nós negociássemos
oferecendo tudo o que o governo pode dispor para atender às
reivindicações. Agora, quero falar aos caminhoneiros. Chegou o momento
de olharmos para nossas famílias, para os brasileiros, para as pessoas
preocupadas nos hospitais, supermercados, granjas”, pede Padilha.
Segundo
o G1, pelo texto do acordo, os representantes das entidades de
caminhoneiros que participaram da reunião (à exceção de um) se
comprometeram a “apresentar aos manifestantes” os termos do acordo.
Questionado se, com o anúncio, haverá normalização da situação, Padilha
disse acreditar que a “qualquer momento” o movimento dos caminhoneiros
começará a ser “desativado”.
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