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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Colombiano que fazia empréstimo e cobrava juros de 2% ao dia é executado no Maranhão

Grupo de colombianos empresta dinheiro a empresários e comerciantes em diversas cidades maranhenses e fazem cobranças diárias em sistema de anotação na tabelinha. No fim do prazo, a vítima paga uma quantia de juro acima de 80%.
Colombiano Edwin Fernando Mendez Guatusma, assassinado em Buriti, residia no município de Coelho Neto e tinha atuação com agiotagem em toda a região…
Na manhã dessa terça-feira (5), na cidade de Buriti, o colombiano Edwin Fernando Mendez Guatusmal, de 32 anos, foi executado à queima-roupa. Ele foi perseguido de moto por dois elementos até ser alcançado e executado logo em seguida com dois tiros. A suspeita é de que ele tenha participado desse duplo homicídio, pois de acordo com informações policiais, a vítima trabalhava com empréstimo, fazia ameaças e cobrava juros altos naquela e em outras regiões.
Segundo informações passadas pela polícia, o colombiano morava na cidade de Coelho Neto e diariamente fazia o trajeto de moto entre a cidade de Buriti e Duque Bacelar. A polícia trabalha com a hipótese de vingança, já que no mês de março deste ano, na mesma região, executaram duas pessoas, sendo elas, um colombiano e um comerciante da cidade.
– Outros casos 
Grupo criminoso composto por colombianos, segundo a polícia, realiza crimes de agiotagem no Maranhão e nos estados do Piauí, Pará, São Paulo, Goiás, Amapá, Espirito Santo e no Distrito Federal. O alvo desses estrangeiros é comerciantes e empresários, a quem emprestam dinheiro cobrando juros abusivos de 2% ao dia. No Maranhão, sete colombianos já foram presos em menos de um ano, suspeitos de cometerem esse tipo de crime.
–  Zé Doca serve de base
Segundo a polícia, a cidade maranhense de Zé Doca serve de base para os mafiosos estrangeiros. Uma equipe da delegacia de Polícia Civil dessa cidade, na semana passada, estava investigando esses criminosos na região. O delegado Jader Alves, informou que policias militares, no último dia 16 de maio, prenderam três desses mafiosos, identificados como Jorge Luís Gomes Zuñiga, John Addier Corrales Henao e Diego Afonso Lenis Bocanegra, ambos naturais da Colômbia.
Jorge Luís Zuñiga, John Addier e Diego Bocanegra foram presos em Zé Doca
Os militares encontraram uma quantia considerável em dinheiro em espécie, dois cadernos de anotações de pessoas às quais haviam emprestado dinheiro, centenas de cartões de propaganda de empréstimos, contendo dados dos acusados, entre outros objetos. Os estrangeiros e o material apreendido foram apresentados ao delegado regional Jader Alves, na Delegacia Regional de Zé Doca-Ma onde foram autuados.
– Imperatriz e Açailândia
No fim do ano passado, três colombianos, dois homens e uma mulher, foram presos no bairro Bacuri, na cidade de Imperatriz, sob suspeita de agiotagem, segundo a polícia. Eles estavam em um veículo Citroem, com documentação irregular. Com o grupo os militares apreenderam uma touca ninja, um distintivo de detetive particular e um par de algemas. No setor do mercadinho de Açailândia foi preso outro colombiano, identificado apenas como Fredy, que segundo a polícia, era acusado de fazer parte de um grupo criminoso especializado de agiotagem.
– Ameaçam agredir as vítimas quando não recebem o combinado
No Brasil, esses criminosos já estão instalados em mais de oito estados, inclusive em Brasília. Na capital do país, os criminosos dividiu em setores e escalava equipes para oferecer os empréstimos. Cada célula tinha um chefe responsável para contratar os “funcionários”. Eles dificultaram as investigações, por usarem nomes falsos, apresentavam endereços até de outros estados aos órgãos públicos. As vítimas desse bando criminoso são os pequenos empresários, comerciantes, donos de lojas e de box de mercados. O dinheiro é emprestado a juros acima de 2% ao dia e eles ameaçavam agredir, e até matar, as vítimas quando não recebiam o dinheiro combinado.

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