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segunda-feira, 4 de junho de 2018

PRECATÓRIOS vs COMPROMISSO – A ‘birra’ de Nagib e a desculpa questionável dos professores

Os professores de Codó terão uma semana decisiva. Na próxima quarta-feira, 6 de junho, estarão, pela segunda vez (a primeira foi em frente ao Viva), cara a cara com o prefeito Francisco Nagib.

O encontro será às 16h em local ainda não divulgado pela assessoria do gestor, provavelmente em seu gabinete uma vez que só 8 pessoas, de livre escolha da presidência do SINTSERM, entrarão para dialogarem com o chefe do Executivo Municipal.


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A pauta principal gira em torno do repasse dos 60% dos R$ 26,5 milhões que já estão nos cofres da Prefeitura de Codó. Os professores querem a parte deles em forma de abono, o gestor já anunciou que seguirá orientação do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público Federal e, mais recentemente, do ministro Luís  Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal.

O QUE ESPERAR?

Se a pergunta for – o que esperar deste encontro? Respondo que, praticamente, nada.

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Os dois lados manterão suas ideias e a única novidade a se concretizar será a de que os educadores sairão de mãos vazias, mais uma vez.


Nagib no meio dos professores
O prefeito vai preferir o desgaste político que isso lhe tem causado à ceder ao intento dos educadores.

 Considero que 60% de R$ 26,5 milhões é um valor altíssimo para se distribuir em abono, mas sempre fui da opinião de que politicamente Francisco Nagib se sairia melhor distribuindo qualquer outro percentual (abaixo disso) para os professores.

Os conselheiros do  TCU, os procuradores do  MPF e agora o ministro Barroso, com quase 100% de minha certeza, não sabem quão duro é a profissão do magistério no cotidiano árido da educação codoense, nem da educação brasileira.

Sabem, talvez, por meio do noticiário, assistido no conforto especial de seus gabinetes refrigerados ou da poltrona macia de suas casas.

Fácil emitir opinião olhando só papéis, compulsando códigos e mais códigos cheios de leis criadas por outros reis da imaginação do venha, realmente, ser a realidade coletiva de muitas categorias de trabalhadores.

Por óbvio que a Educação, como um todo, necessita de reestruturação, mas onde neste país se faz educação sem professor?

A MELHOR SAÍDA

A melhor saída para Nagib será negociar um percentual abaixo dos 60% para transformar em abono. Nenhum prefeito do Brasil será punido por fazer isso, quem o fizer tem a seu favor a própria lei do FUNDEF.

Ate hoje todas decisões/orientações a respeito deste tema  são mais baseadas em convicções pessoais do que em leis.

A punição é para os idiotas que planejaram até reformar cemitério, fazer campo de futebol (durma com um barulho desses).

Ademais, professor é a parte mais importante da estrutura da educação. Eu consigo aprender debaixo de um pé de manga, sentado na raiz com um professor aguerrido à minha frente. (Pisando em bosta de cachorro e sentido cheiro de merda de boi no curral ao lado).

Mas não consigo aprender absolutamente nada numa sala linda, com ar-condicionado ‘truando no geladinho’, sem professor.

Que custa valorizar este miserável que carrega tantas profissões e décadas de desvalorização nas costas?

Que seus assessores, prefeito,  abram mão de seus conselhos movidos por interesses pessoais ou pelos simples fato de querer agrada-lo aderindo à um conceito já pré-estabelecido em sua cabeça.

Peitar a classe dos professores por algo que pode ser resolvido (até porque o dinheiro está disponível) é um atitude politicamente burra, inconsequente e cheia de consequências futuras para a jovem carreira política do nosso gestor.

Eu gosto da ideia dos 15 ônibus, do material didático, das mochilas azuis, das reformas anunciadas ou mesmo as construções escolares.

Mas que aula nossos alunos terão, mesmo chegando de escolar novo, mesmo chegando de material pedagógico novo, mesmo não faltando mais tonner para mandar copiar as provas, mesmo não faltando pincel para escrever no quadro, mesmo com  ar-condicionado funcionando?

Que tipo de aula nossos alunos terão, se o professor dentro da sala  continuará puto de raiva porque não teve seu pleito atendido?

Não precisa ser inteligente pra saber a resposta.

AOS PROFESSORES

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Aos meus inestimáveis  educadores digo que se o homem (prefeito)  apontar para um acordo será hora de botar este radicalismo bobo debaixo da sacola e admitir que vocês nunca receberão 60% de R$ 26,5 milhões, talvez recebam no governo da Coréia do Norte negociando com aquele gordinho maluco que tem por lá.

Aqui, é tempo de abrir mão  e negociar o que for oferecido.

Melhor algo em mão, do que nada.

Depois de botarem este real, justo, no bolso, rumbora sacudir esta forma de ensinar porque não consigo entender como a escola PICA-PAU consegue um IDEB de 4,7 (o melhor de Codó)  e outra escola com maior estrutura não sai da casa dos 3 míseros pontos.

Tem algo errado aí e a culpa não é falta de giz, pincel , tonner, cadeira pra sentar, ventilador no teto ou sei lá mais o que já encontrei faltando nestas escolas.

Tem professor mais comprometido na escola PICA-PAU? Os alunos de lá são mais inteligentes?

Prefeito, entregue o dinheiro deste povo.

Professores, botem a grana logo no bolso (se o homi liberar) e  rumbora parar de achar desculpas para nossa maior desgraça na Educação.

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