O casal Phelipe Douglas Alves e Débora Rolim de Moura, acusado de espancar até a morte a filha Emanuelly Aghata da Silva, de cinco anos,
em março deste ano, em Itapetininga, interior de São Paulo, será
julgado por homicídio qualificado pelo tribunal do júri. A decisão foi
dada na noite desta segunda-feira, 18, pelo juiz Alfredo Gehring, da
Vara Criminal, depois de ouvir os acusados e testemunhas do crime.
O
juiz acatou a denúncia da promotoria de que, além de homicídio com
quatro qualificadoras, houve também crimes de tortura, cárcere privado e
adulteração de provas. Os advogados que defendem os dois acusados
anunciaram que vão recorrer da decisão.
Desde 2011, SP tem 1 denúncia de tortura a cada 15 dias; criança é principal vítima
O
caso chegou à polícia quando Emanuelly perdeu os sentidos em casa, na
região central da cidade, e foi levada ao hospital. Os pais alegaram que
a criança havia sofrido uma queda e uma convulsão, mas os médicos
desconfiaram das múltiplas lesões. A investigação apurou que a criança
foi agredida de forma violenta pelo pai e que as agressões eram
sistemáticas.
Professora suspeita de agredir crianças é denunciada por tortura em Buri
Ouvido,
Phelipe confirmou que batia na filha com o pretexto de educá-la. No
interrogatório, acabou admitindo que, numa das surras, a menina sangrou
pela boca. Em outra ocasião, ele a agrediu na cabeça com uma boneca que
chegou a quebrar.
Já a mãe negou participação nas agressões, mas o juiz entendeu que ela nada fez em defesa da filha. Ela foi considerada cúmplice das agressões sofridas pela menina. Durante a audiência, o juiz ouviu também 33 testemunhas. Os depoimentos confirmaram os maus tratos. O casal, que teve a prisão preventiva decretada, vai aguardar o julgamento na prisão, em penitenciárias de Tremembé. A data será definida após o julgamento dos recursos.
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