A violência contra a mulher em Codó continua em números preocupantes.
De acordo com dados da Polícia Militar,
que é quem atende aos pedidos de socorro, de janeiro a junho deste ano
42 mulheres sofreram agressão física e precisaram do amparo policial.
Não foi muito diferente do que se
registrou nos primeiros seis meses do ano passado quando a PM atendeu à
47 ocorrências deste tipo.
A maioria acontece entre sexta-feira e
domingo, ou seja, nos fins de semana quando, geralmente, o homem chega
bêbado. Outro motivo recorrente é o fato do homem não aceitar o fim de
um relacionamento.
Também tem outras situações frequentes, como explica o comandante da PM, tenente-coronel Jurandir de Sousa Braga.
“São casais que saem nos finais de
semana pra se divertir e pra beber, pra bares, outros eventos e quando
voltam pra casa se desentendem, as vezes no próprio local do evento e
acaba as mulheres sendo agredidas, então nós estamos falando apenas dos
casos em que a Polícia Militar atende, fora aqueles em que a vítima não
vai até a delegacia ou não chama a polícia que é um número bem grande
também”, disse
No mesmo período, ano passado, duas mulheres acabaram assassinadas. Este ano 1 morreu com histórico de violência doméstica.
Nas ruas, um ponto em comum na opinião
de quem ainda não sofreu agressão é o valor da denúncia para se tentar
frear o agressor que no entender de dona Izaura dos Santos Araújo Dias
não para de bater se não se sentir também, pelo menos, ameaçado pela
Lei Maria da Penha.
“Para nada, tem que botar a boca no
trombone mesmo e falar, procurar ajuda, falar pro familiar, tem muitas
delas que não falam nem pra seus próprios parentes, esconde”, afirmou
O silêncio ainda existe acobertado,
sobretudo, pela dependência econômica das agredidas, outro obstáculo
que precisa ser superado no entender da professora Madalea Carla
Medeiros de França.
“Primeira providência é a denúncia e as
outras medidas cabíveis…OU SEJA PROCURAR MESMO? Procurar mesmo a
delegacia, fazer mesmo a sua revolução, chamar outras pessoas que já
passaram por isso, infelizmente, mas o correto, o certo mesmo é a
própria denúncia, depois os outros direitos, deveres”, respondeu
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