As mil casas do residencial São Pedro fazem parte da terceira e última etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.
Foram entregues no dia 13 de maio de 2016 e, acredite, mais de dois anos e três meses depois quase metade delas continua sem moradores.
“O tanto de casa que tem é mais ou menos isso aí, umas 300 pra lá…MAIS DE 300? Mais de 300 (…) POR QUE NÃO VEM MORAR? É porque tem outra casa se não tivesse tava aqui né”, contabilizou, rapidamente, o vendedor ambulante, morador do residencial, Albino Batista.
Há grande número de casas inabitadas.
A casa vizinha de Magdala Salazar, na rua Belina, é um exemplo deste descaso. Ela se mudou no dia seguinte à entrega (Maio/2016), mas nunca conheceu grande parte do que era pra ser sua vizinhança.
“TEM VIZINHO ASSIM DO LADO QUE A SENHORA NUNCA VIU? Tem, com certeza, como esse aqui do lado a gente não sabe nem quem é(…) Não conheço …O QUE A SENHORA ACHA DISSO? Eu acho assim que um residencial como esse, seria era b om fizesse o sorteio e vesse quem são as pessoas que, realmente, precisa”, respondeu
Como a área fica distante do centro da cidade e existem dezenas de moradias inabitadas o São Pedro virou o residencial mais visado por assaltantes e arrombadores.
ISOLADOS E COM MEDO
Morar numa rua, praticamente, deserta como muitas que presenciamos tem outras desvantagens. É que quanto mais isolado fica o morador, sem vizinhança, mais a mercê dos bandidos ele fica.
Dona Verônica Maranhão reconhece o problema da falta de vizinhos para aquele momento da emergência já que nem toda hora passa polícia por aqui.
“Fica complicado…POR QUÊ? Porque você fica desamparada, não tem um vizinho assim, as vezes você pode tá sozinho em casa e aí não tem por quem chamar, na hora, né, aqui tem essa dificuldade”, disse
ASSALTADO 2 VEZES
O pequeno comércio de seu Altaídes Neves já foi assaltado duas vezes, para ele e muitos outros que, realmente, vieram ocupar as casas que ganharam do governo federal o que há de mais urgente aqui é acabar com a insegurança
“Pede alguma coisa, a gente pensa que é algum cliente, saca pela arma e fala – é um assalto – aí tem que entregar tudo…O QUE TEM QUE SER FEITO URGENTE? Tem que ter um posto policial aqui (…) nós todos aqui que trabalha nós estamos necessitando da segurança”, respondeu o comerciante
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