Pelo que insinuou o presidente, serão
divulgadas, inicialmente, informações sobre a liberação de R$ 2 bilhões
para compra de jatos particulares em governos anteriores.
O
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai
começar a liberar a partir da próxima segunda-feira (19/8) informações
do que o presidente Jair Bolsonaro chama de “caixa-preta do BNDES”. A
informação detalhada por ele nesta sexta-feira (16/8), na saída do
Palácio da Alvorada. Na conversa com a imprensa, não faltaram até
alfinetadas ao apresentador e empresário Luciano Huck.
Pelo
que insinuou o presidente, serão divulgados, inicialmente, informações
sobre a liberação de R$ 2 bilhões para compra de jatos particulares em
governos anteriores. “Vamos abrir o sigilo de tudo. Se não me engano,
foram gastos aí R$ 2 bilhões para compra de jatinhos. Parece que não foi
ilegal. Parece. Mas a uma taxa de juros de 3% e 4% ao ano. E quem foi
beneficiado? Amigos do (ex-presidente) Lula, da (ex-presidente) Dilma,
amigos do rei”, declarou.
O presidente foi evasivo e não
afirmou se a medida é uma resposta direta a Huck. “Ele comprou
jatinho?”, rebateu. “Ele (Huck) falou que sou o último capítulo do caos.
Se ele comprou o jatinho, ele faz parte do caos”, acrescentou
Bolsonaro. Na quarta-feira, em evento em Vila Velha, o empresário
criticou o governo ao participar do evento “Futuro do Brasil”. “A gente
precisa de gente nova na política, com todo respeito a esse governo.
Esse governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a
gente está vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, estamos
vivendo o último capítulo do que não deu certo”, avaliou.
Em
2018, a Folha de São Paulo publicou que o apresentador tomou, em 2013,
um empréstimo de R$ 17,7 milhões do BNDES para comprar um jato
particular da Embraer. O financiamento foi feito pelo programa BNDES
Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), tendo como
instituição financeira intermediária o banco Itaú e como beneficiária a
Brisair Serviços Técnicos e Aeronáuticos Ltda., da qual Huck e a mulher,
a apresentadora Angelica Huck, são sócios.
Ao
sugerir que, tendo Huck pego empréstimo junto ao BNDES a juros baixos
para a compra do jato particular, Bolsonaro manifestou que o empresário
“ajudou” os “amigos do rei” dos governos petistas. “Quase meio trilhão
(R$ 500 bilhões) de reais para os amigos Fidel Castro (ex-ditador de
Cuba), ditador de Angola, Venezuela. Essa galera toda aí. E aqui, no
Brasil, pelo que me parece, R$ 2 bilhões (foram emprestados) para amigos
comprarem jatinho”, criticou.
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