A Polícia Civil deu cumprimento ao mandado de prisão mais antigo do Piauí em aberto no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). A ordem judicial é relacionada à morte de uma mulher em dezembro de 1996, na cidade de Manoel Emídio, no Sul do Piauí. Luiza Maria da Conceição Jaques foi assassinada a golpes de machado, enquanto dormia em casa, e o acusado, João Batista Rodrigues Soares, estava foragido desde o dia do crime.
Ele foi preso nesta terça-feira (27) na cidade de Balsas-MA. Além de matar a mulher, o acusado ainda teria tentado ocultar o cadáver da vítima, arrastando-a para um matagal a dez metros da casa, onde provavelmente seria sepultada. Contudo, João Batista foi avistado e fugiu, inclusive, abandonando uma enxada próximo ao corpo.
Foto: Renato Andrade
“Na época ainda não existia o crime de feminicídio, então o assassino foi indiciado por homicídio qualificado. Porém, o processo estava suspenso em razão da fuga do autor. Agora, a Polícia Civil do Piauí o apresenta para que responda perante o Poder Judiciário, na forma da lei, pelo crime cometido”, explica o diretor de Inteligência da SSP-PI, delegado Anchieta Nery.
O acusado morava próximo à vítima e alegava ter um relacionamento com ela. Os familiares de Luiza Maria declararam que nunca "perderam a esperança" de vê-lo preso.
“Naquela época foi muito difícil pra todo mundo. Foi um crime completamente bárbaro, que comoveu a família toda, ficou todo mundo muito triste. A Polícia Civil mostrou que realmente a Justiça tarda, mas não falha”, comemorou Charlene Lima, sobrinha da vítima.
Desde o início de 2023, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) tem concentrado esforços na análise completa dos mandados de prisão em aberto no estado, por meio do trabalho integrado entre as unidades de inteligência da SSP-PI e PC-PI com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (Vara de Execuções Penais).
O delegado Anchieta Nery frisa que a Secretaria de Segurança Pública continua empenhada na missão de localizar os foragidos e cumprir todas as ordens do Poder Judiciário, contribuindo com a paz social e efetivação da Justiça. “Quase 30 anos após o crime, a família da vítima Luiza Maria pode ter a tranquilidade de que esse delito não ficará impune”, finaliza.
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